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Nos bons tempos em que havia confiança...

A cidade de Jacarezinho teve inúmeras agências de bancos diferentes e que por alguma razão ou outra foi fechada por venda, fusão, incorporação e até mesmo por desinteresse da matriz.
Essa cópia de cheque personalizado da firma Omar Assis & Cia, retrata a filial de um banco que tinha as raízes no norte pioneiro, em Tomazina, onde gerou um gigante financeiro no Paraná e do Brasil.
O carro chefe desse conglomerado com mais de 30 empresas era o banco Bamerindus, antigo Banco Mercantil e Industrial do Paraná S.A.
Aqui em Jacarezinho a filial de nº 041 teve o seu primeiro ponto de atendimento localizado na rua Paraná, nº 1005, onde era antiga loja Popular de Isaías Loureiro Bottas, hoje as Linhas Real.
O gerente naquela ocasião era Bráulio Tocalino que mais tarde viraria diretor do banco em São Paulo.
O primeiro depositante da agência foi Omar Assis que abriu uma conta com uma quantia significativa e em troca o banco personalizou as folhas de seus talões de cheques, tornando-o um cliente especial e diferenciado.
A matriz se localizava em Curitiba e pertencia a família Andrade Vieira. O banco entrou em dificuldades em 1994 e acabou entrando no Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (PROER).
A parte boa do banco foi incorporada pelo HSBC (banco inglês) e a parte ruim ficou com o Banco Central.
Um antigo jingle do Bamerindus é relembrado ainda por muitos, por ter uma melodia bonita e letra bem fácil de memorizar, que dizia assim: "O tempo passa, o tempo voa; e a poupança Bamerindus continua numa boa. É a poupança Bamerindus".
A agência continua em nossa cidade com outra logomarca e endereço (HSBC) da rua Santos Dumont (antigo Hotel Paulista) e nas mãos de outros donos, não mais dos Vieiras e sim dos ingleses, é a chamada globalização. (Folha de cheque n° 1667 do acervo de Dr. Omar Assis; intermediação e texto de Vicente Estanislau Ribeiro, Vicentinho).

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Obs. - É interessante lembrar ainda que nessa época era possível obter-se nos bancos o que se chamava de "cheque avulso" na falta de um talonário próprio. E mais curioso ainda, havia o "cheque universal" em que o emitente preenchia o nome do estabelecimento bancário sacado, escolhendo-o livremente dentre aqueles com que mantinha conta... Eram os bons e velhos tempos em que existia confiança e a seriedade nas transações era marca registrada de todo mundo...



03/06/2009 Publicada por Celso Antônio Rossi


Dr. Celso, ninguém se esquece desse jingle. Eu mesma, quando criança, tive a poupança Bamerindus. Era uma caderneta de verdade,na cor verde escuro, na qual se anotavam as entradas e saídas.

09/06/2009 21:46 Eli elidemoraes@uol.com.br
Resposta:
Infelizmente, Eli, o Bamerindus foi mais uma grande perda que o Paraná sofreu. Na área financeira, dois outros bancos mais desapareceram nos últimos anos: além do Bamerindus, também o Bancial e o Banestado.

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