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Dia de Finados em 1986

Praticamente em todas cidades brasileiras o dia de finados é dedicado aos mortos principalmente com visita aos cemitérios.
Esta foto é do dia 2 de novembro de 1986 (há 20 anos, portanto) e mostra várias pessoas entrando e saindo do Cemitério Municipal desta cidade, o único existente e que atualmente tem um espaço físico enorme, tantos os sepultamentos.
O local foi urbanizado na gestão do Prefeito Sebastião Manoel dos Santos ("Filadelfo") que implantou um amplo estacionamento para a época e procedeu o asfaltamento da rua de acesso do centro até o cemitério, a Alameda Padre Magno.
Hoje a cidade encosta no cemitério, mas nem sempre foi assim.
O primeiro cemitério que se tem notícia foi no Bairro da Prata, local onde os pioneiros no final do século XIX se instalaram quando aqui chegaram. Quando vieram para as margens do Ribeirão Ourinho (final daquele século), implantaram um novo cemitério, no lugar onde hoje se localiza a Catedral Diocesana e o prédio do antigo Colégio Cristo Rei (hoje, Dinâmica). Os antigos narravam que quando da construção do colégio (em 1933) e em sua ampliação (1952) foram encontrados restos mortais de muitas pessoas. Também quando da construção da Catedral (1950) deu-se a mesma situação.
É que, com a cidade crescendo e principalmente com a construção do colégio, a proximidade do cemitério com o centro não agradava às pessoas e por isso transferiu-se ele para o lugar em que hoje se encontra: final da alameda Padre Magno.
Muitos corpos foram transladados para lá e com certeza ficaram aqueles cuja tumba não era localizada, pessoas indigentes ou que não eram proprietárias do chamado "jazigo perpétuo".
O Prefeito João de Aguiar, percebendo a enorme distância do centro até o cemitério, plantou dezenas de eucalíptos que possibilitavam ampla sombra para quem fizesse aquele trajeto a pé. Com isto criou-se e perdurou por muitos anos um neologismo: quando alguém estava seriamente doente as pessoas comentavam que logo, logo, ele iria para o "calipar" (referindo-se à estrada de eucalíptos).
Sebastião Filadelfo antes de asfaltar, derrubou as árvores (em 1978) cujas raízes avançavam até o meio da pista e plantou outras que hoje fazem a sombra sem prejudicar a rua.


25/10/2006 Publicada por Celso Antônio Rossi


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