Dr Celso, me lembro do Zé Bobo, figura dócil e cativante. E dentre outras figuras do folclore jacarezinhense me lembro também de um "mudinho", não sei se o citado anteriormente e que era conhecido como "Vajola". Todos os dias passava na casa de minha avó - Iolanda Inocenti - na Rua Pe. Mello. ainda pra baixo do Bar do Coretto, para tomar o seu cafezinho. Nas minhas memórias de infância ainda o vejo desfilando com duas faixas de pano formando um "xis" sobre o peito. O Vajola também era muito cordato e alegre, exceto quando a molecada o provocava e ele "falava" coisas incompreensíveis e corria atrás dos infantes provocadores...


Caro Dr.Celso, esta Foto do Zé Bobo,foi tirada em frente a oficina de meu Sogro(Domingos Candido Pinto-Falecido); onde morava o Bataiote(Tbém.Fal.),este, pai do Motorista de taxi Alirio. O Prédio existe ainda, fica ao lado onde morou Pércio Azzoline(Fal.); na Avenida Getúlio Vargas, frente, onde existia a funerária do Bento. Prédio vizinho também, onde residiu Dr.Eros Benedetti(Falecido).

Resposta: Olá Zanardo. Agora que você identificou o local desta foto sei bem onde ele é. Agradeço pela identificação perfeita.

Prezado Dr. Celso, vi que o Sr. citou a´inesquecível super 8 . Imagino a riqueza que deve ter de história nestes. Lembro-me que o Sr. fez uma filmagem na faculadade de Direito, quando seus filhos e nós que eramos visinho de esquina.

Resposta: É isso mesmo Alexandre. O filme já foi convertido para DVD e tenho uma cópia em meu poder.

Belíssima foto, me lembro como se fosse hoje., nota-se a chave pendurada e seu paletó abotoado com barbantes, se não me engando ele andava com um pedaço de pau"bengala". Lembro-me também de um outro cidadão hilariante, o Mudinho.


Dr.Celso ,lembrança de pessoas tão queridas de nossa cidade Zé Bobo, Bagre, Miro, e outros que se foram,mas deixaram suas marcas e saudades em nós Até a proximo querendo DEUS.jose silas

Resposta: Olá José Silas. Do Zé Bobo esta ja é a 2ª foto que publico aqui. Do Miro publiquei também duas outras. Do Bagre, infelizmente, não tenho nenhuma. À medida em que a cidade cresce os tipos populares que todos conheciam e de quem gostavam vão desaparecendo também. Mas tenho um pequeno filme em Super-8 em que aparecem Zé Bobo, Zé Jabá, Pestana e Barbosa,de 1976. Destes apenas o Barbosa continua entre nós sendo igualmente uma pessoa queridíssima por todos.

Zé Bobo! Isso mesmo, escrito com a primeira letra em maiúsculo, porque era o seu nome. Outro não lhe deram, os que assim o chamavam, eu inclusive! Mas que bobo, nada disso, foi um desses anjos que Deus coloca na terra para conhecer os filhos dele. Fizemos pelo Zé, menos do que ele merecia, menos do que podia, mas sem ser provocado, não negava a ninguém um sorriso gostoso, o respeitoso falar com quem o tratava sério, a molecada não se atinha a isso! Não foram poucas as vezes que vi mais de uma casa lhe servindo café, as vezes puro, as vezes com bolo ou pão, não saia sem deixar o sorriso e o obrigado! Já tive oportunidade de postar comentário sobre ele! Hoje que a vida já me ensinou muito mais do que achei que aprenderia e muito menos do que sei que devo saber, compreendo a presença do Zé nesse mundo, veio procurar anjos como ele! Será que os encontrou???

Resposta: Olá Milton. Você expressou de maneira muito feliz o que foi o nosso inesquecível Ze Bobo, pessoa querida que se foi há tantos anos!...

O Zé Bobo, quando ainda jovem, teve, em Jacarezinho, dois grandes protetores que lhe davam abrigo e alimentação. O primeiro, o saudoso alfaiate e músico, Sr. Laudelino Alcântara, e o segundo, também saudoso e gerente de banco, Sr. Antenor Rocha. Pessoas como estas fazem muita falta nos dias de hoje.

Resposta: É verdade Arão, foram exatamente essas pessoas que davam proteção a ele.

a proposito destes tempos de campanha eleitoral, lembro que certa feita, ele foi "candidato" a vereador... um visionario, eu diria!

Resposta: É verdade, Ulisses. Na época em que as cédulas eram confeccionadas pelos próprios candidatos, o Sr. Annibal de Lucca, então proprietário do Bar Santo Antônio, "lançou" a candidatura a vereador do Zé Bobo que assumiu mesmo o papel de candidato. Os votos, claro, não foram computados mas ao que se soube na época ele teve uma expressiva votação como forma de protesto dos eleitores. No dia da eleição, patrocinado pelo Sr. Annibal, o Zé Bobo desfilou pelas ruas elegantemente trajado. Bons tempos...

Que interessante figura, Dr. Celso! Todo mundo tem uma lembrança dessas na infância. Quando pequenos gostávamos de atazanar um transeunte de nome "Tonho Louco". Ele também era inofensivo, até o momento em que os moleques começavam a perturbá-lo. Daí era pedra para todo lado. Belos tempos.

Resposta: E o "Zé Bobo" era uma pessoa que conhecia todo mundo principalmente no centro da cidade. Educado, só avançava contra a gurizada quando provocavam-no gritando: "O que você tem no bolso, Zé?...". Aí a correria era geral mas ele nunca chegou a agredir ninguém. E na verdade nos bolsos ele só tinha papéis velhos, esses que ele recolhia das ruas.