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"A marcha das apurações"
A geração atual talvez que nem possa imaginar como eram as apurações das eleições de antigamente. Com urnas eletrônicas e os resultados apresentados quase que imediatamente após o pleito, fica realmente um pouco difícil imaginar uma eleição para prefeito em que se levava dias e dias contando os votos até se obter o resultado final. Mas era assim mesmo. Terminada a votação as urnas eram levadas geralmente até o edifício do Fórum onde eram guardadas mediante severo policiamento para serem abertas somente na manhã seguinte, quando se iniciava a contagem dos votos, um após o outro. Perante as mesas apuradoras fiscais dos diversos partidos políticos ficavam atentos para apontar qualquer falha no voto e, se fosse contra o seu candidato, impugná-lo o que demandaria alguns minutos até o registro da ocorrência. Com isso a apuração retardava, ao final da tarde ela era suspensa, recomeçava-se no dia seguinte com a população anotando os resultados que eram anunciados pelos poucos privilegiados que tinham acesso ao recinto exclusivo da apuração. Geralmente a apuração era feita no Jacarezinho Clube. As emissoras de rádio montavam seus transmissores no lugar da apuração e a cada vez que surgia um resultado final de uma urna entrava no ar uma música que identificava o jornalismo radiofônico com o título "a marcha das apurações". E a cidade parava atenta aos resultados que serviriam de motivo para os comentários e as conjecturas na noite. Esta foto do Jacarezinho Clube nos remete ao pleito para prefeito municipal, de 1951, quando foi eleito Benedito Moreira. A sociedade presente acompanha apreensiva cada voto divulgado. Dentre os presentes, quase em segundo plano, em pé, Carlos Claro de Oliveira, Tatão Setti, Zequinha Setti, Lauro Luna e Pedro Carvalho Duarte. Interessante notar a presença quase absoluta de homens, todos de terno e gravata, conforme a seriedade do acontecimento então exigia.
08/02/2010 Publicada por Celso Antônio Rossi
A geração atual talvez que nem possa imaginar como eram as apurações das eleições de antigamente. Com urnas eletrônicas e os resultados apresentados quase que imediatamente após o pleito, fica realmente um pouco difícil imaginar uma eleição para prefeito em que se levava dias e dias contando os votos até se obter o resultado final. Mas era assim mesmo. Terminada a votação as urnas eram levadas geralmente até o edifício do Fórum onde eram guardadas mediante severo policiamento para serem abertas somente na manhã seguinte, quando se iniciava a contagem dos votos, um após o outro. Perante as mesas apuradoras fiscais dos diversos partidos políticos ficavam atentos para apontar qualquer falha no voto e, se fosse contra o seu candidato, impugná-lo o que demandaria alguns minutos até o registro da ocorrência. Com isso a apuração retardava, ao final da tarde ela era suspensa, recomeçava-se no dia seguinte com a população anotando os resultados que eram anunciados pelos poucos privilegiados que tinham acesso ao recinto exclusivo da apuração. Geralmente a apuração era feita no Jacarezinho Clube. As emissoras de rádio montavam seus transmissores no lugar da apuração e a cada vez que surgia um resultado final de uma urna entrava no ar uma música que identificava o jornalismo radiofônico com o título "a marcha das apurações". E a cidade parava atenta aos resultados que serviriam de motivo para os comentários e as conjecturas na noite. Esta foto do Jacarezinho Clube nos remete ao pleito para prefeito municipal, de 1951, quando foi eleito Benedito Moreira. A sociedade presente acompanha apreensiva cada voto divulgado. Dentre os presentes, quase em segundo plano, em pé, Carlos Claro de Oliveira, Tatão Setti, Zequinha Setti, Lauro Luna e Pedro Carvalho Duarte. Interessante notar a presença quase absoluta de homens, todos de terno e gravata, conforme a seriedade do acontecimento então exigia.
08/02/2010 Publicada por Celso Antônio Rossi
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