BRASIL, PARANA, Homem, Mais de 65 anos, Portuguese, Italian, Arte e cultura, Música
MSN - c-rossi@hotmail.com


O que é isto?


Enviar esta foto por e-mail
Anterior | Próxima
Um passeio a cavalo há 60 anos...

Esta é uma imagem rara.
Mostra ela a rua José Bertho, na Vila Setti, com uma jovem cavaleira passeando animadamente. Ela é hoje a Sra. Cecília de Azevedo Thabet, viúva do Sr. Faissal Abdalla Thabet, que em 1948 andava tranqüilamente pelas ruas da Vila Setti.
Este trecho é aquele que desce em direção à avenida João Aguiar, proximidades do posto de gasolina que ali existe.
É interessante relatar a história da rua que recebeu o nome de José Bertho. Ele foi fundador da Vila Setti, em 1927, na condição de seu primeiro morador. Ali construiu duas residências, que até hoje existem e que já foram retratadas neste site. Homenageando-o, por volta do final dos anos 40 o então prefeito Oswaldo Alcântara deu-lhe o nome de uma das ruas, exatamente aquela que hoje é a avenida João Aguiar. Mais tarde, por questões políticas (embora José Bertho nunca tivesse se envolvido nessas disputas), retiraram seu nome, passando a ser João Aguiar a hoje avenida. E a rua que tinha o nome de Aguiar passou a se chamar Princesa Isabel. E assim foi durante muitos anos até que na gestão de Adhemar Setti, José Bertho recebeu novamente a justa homenagem, retornando seu nome porém à rua Princesa Isabel. O curioso da história é que, à época em que foram prestadas as primeiras homenagens, tanto José Bertho como João Aguiar eram vivos.
Interessante ainda observar as poucas casas então existentes no bairro, que foi a primeira vila desta cidade. A cavaleira residia nessa rua que então não tinha ainda nome sendo apenas a "rua nº 7", na casa que tinha o nº 47. A pequena casinha que se vê ao lado da primeira, era chamada antigamente de "privada" pois não havia água encanada nem esgoto. Todas as casas tinham-na, surgindo daí a expressão dos alunos nas escolas, pedindo licença para ir na "casinha", costume ainda hoje existente em muitos colégios. (Acervo: Sra. Cecília de Azevedo Thabet. Intermediação, vereador Vicentinho. Restauração da foto, Lorena Kalil).

28/06/2007 Publicada por Celso Antônio Rossi


tambem conheci d. Cecilia, brinquei muito com os filhos dela, miguel,guto, zequinha,picida,faissinha, bons tempos aqueles, na vila setti! um abraço!

25/05/2008 21:36 sandra maria sandrambso@ig.com.br

Também tive o privilégio de conhecer aquela casa. Nos anos 90 o meu Pai, Cezar Rigo, instalou no salão comercial inferior a Farmácia São Paulo, que durou uma década... E também alugou e residiu na referida casa. Conhecí o altar e a a curiosa arquitetura que o Sr. José Bertho edificou com esmero... É um grande legado para Jacarezinho...

29/06/2007 20:00 José Cezar Rigo jose.cezar@hotmail.com
Resposta:
José César: eu me lembro bem da época em que seu pai tinha a farmácia a que você se refere. Nos momentos de folga ele ficava na porta conversando com os amigos ou simplesmente cumprimentando com um aceno de mão aos que passavam de auitomóveis, como ele fazia comigo.

Dr.Celso, realmente uma imagem muito bonita, numa fotografia muito bem tirada.E essa história da "casinha" é mesmo bem interessante, pois mesmo nos meios urbanos (e onde nunca se conviveu com essa realidade) ainda se usa a expressão.

29/06/2007 06:01 Sra. Eli elidemoraes@uol.com.br http://saudadesampa.nafoto.net

José Antonio Bertho foi uma figura ímpar, otimista, sempre cheio de planos, intrigante mesmo. Nos anos 60, sua residência, sempre em eterna mutação para melhor, era seu orgulho. Externamente chamava pouca atenção, exceto pela placa “Vila Setti – José A. Bertho – fundador”, mas a maravilha era seu interior, um primor de criatividade. Para mim, adolescente que trabalhava na “Casa Setti” como entregador de avisos das vendas a prazo, foi uma inesquecível atração. Construída aos poucos, com sacrifício e dedicação seu interior era um “mix” de estilos e tendências, predominando o barroco, com pinturas e afrescos, com quartos, banheiros e outras dependências caprichosamente decoradas e até uma capela que ele orgulhosamente afirmava que “será para minhas orações diárias”. José Antonio Bertho, também se orgulhava de possuir já pronta sua sepultura onde “descansarei eu e minha velha”, como dizia. Também desfrutei da amizade com o Faissal, iniciada nos tempos de ginásio.

28/06/2007 19:50 Luiz Paulo Larcher luizpaulo.larcher@gmail.com
Resposta:
Luiz Paulo, a "placa" (luminoso que hoje está desligado), ainda se encontra no mesmo local em que ele implantou.

Comente esta foto
Nome   
E-mail *  
Site/Blog   
Comentário  
Caracteres restantes : 1000