Dr.Celso,hoje minha família reside em Curitiba .Conversando com minha mãe( Leleta) esta me relatou que durante a revolução de 1930 meu avô Atilio Manfré possuia um armazém em Jacarezinho .Com receio de que os mantimentos fossem confiscados e também com o intuito de proteger sua familia este fechou o estabelecimento .Toda a família então se dirigiu para a Fazenda Sabino a qual mais tarde, passou a se chamar Fazenda São Vicente .O mais impressionate,é que na metade do caminho sentiram a falta de uma das filhas ( Ligia ). Minha avó Terezinha Manfré lembrou-se então que sua filha Ligia (ainda criança) havia ficado dormindo na rede da casa onde moravam . Assim, todos tiveram que voltar para o armazém buscar a filha ,que devido a correria, havia sido esquecida em casa .

Resposta: Elaine, curioso o episódio de esquecimento de sua tia, fato que eu desconhecia. É o próprio "esqueceram de mim" na vida real...

Meu avô, Nicola Stati, também recorreu ao impedimento de levarem o caminhão dele. Furou todos os pneus do veículo para não levarem para não serem usados pela coluna.


Caro Celso: Por conhecidência, essa foto foi publicada na sequência da foto da família Gizzi, onde está o meu saudoso avô, José Bueno Gizzi entre seus pais e irmãos. Contava ele, que realmente na passagem dos revoltosos por Jacarezinho havia o confisco de bens, em nome da revolução, visando a manutenção do levante. Sabendo por antecipação do costume, meu avô então com 16-17 anos, desmontou um Ford "bigode" de propriedade da família, vendeu as peças e enterrou o motor. Tudo para não deixar que fosse levado pela coluna. Quando eu era criança, ele me mostrou o lugar e como fez. Brilhante idéia.